Como ajudar um enlutado?

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Você sabe como ajudar um enlutado?

A maioria das pessoas que lidam com o luto de um familiar ou um profissional da saúde mental no seu contexto, questionam como poderiam ajudar uma pessoa que sofre por uma perda significativa. Devem-se entender que o luto provoca uma gama de reações físicas, emocionais, comportamentais, cognitivas, sociais e espirituais, e que são normais.

Através de recursos internos e experiências próprias, adquiridas de outras perdas, é comum familiares e/ou profissionais quererem que a pessoa pare de expressar o sofrimento que a atormenta, que não sinta raiva da pessoa responsável que causou a morte ou de Deus que não salvou a pessoa ou não evitou que acontecesse.

Algumas pessoas não aceitam que o enlutado chore todos os dias e querem que ela retorne a rotina de como era antes da perda. A tristeza por um objeto perdido, seja por um animal de estimação, um emprego, morte de alguém, ou fim de um relacionamento, podem desencadear uma tristeza intensa que dura horas, dias ou meses. É normal, não é uma doença, é um processo e vai passar.

Não devemos comparar a tristeza do luto com a tristeza do Transtorno Depressivo. A segunda é uma tristeza melancólica que perdura por meses, é uma doença e precisa de tratamento psiquiátrico e psicológico, enquanto a tristeza do luto é um sentimento esperado e importante para a assimilação e recuperação da perda.

Cada um tem seu tempo para processar o luto. O luto é uma reação normal, não linear, tem dias melhores e dias piores. Não tem um prazo para terminar. Quando você lida com o luto de alguém faz esses questionamentos: O que significa a perda para a pessoa? Quais as circunstâncias da morte? Há quanto tempo tudo aconteceu?

O luto termina quando:

• Percebe que fala sobre perda sem que as emoções sejam exageradas;
• Reorganiza e reconstrói novos projetos que foram interrompidos com a morte;
• Lembra-se de momentos vivenciado com a pessoa que morreu, sente saudades, porém sem dor;
• Já não nega a perda, e a realidade é assimilada;
• Aceita os convites de parentes e amigos e quer se relacionar socialmente;
• Cessa o desejo de procurar pela pessoa morta;
• Os sentimentos se tornam positivos e menos devastadores;

Maria Aparecida Mautoni
Psicóloga
CRP: 12/16942
E-mail: aparecidamautoni@yahoo.com.br
Contato: (48) 988563864

Referência: Soares, E. G. B.&Mautoni, M. A. A. G. Conversando sobre o luto. São Paulo: Àgora, 2013.

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